CONCLUSÃO
Esta nova realidade da computação em nuvem, com a combinação de diversas
tecnologias, vem revolucionando a forma de comercialização dos recursos
computacionais, focando na disponibilização dos recursos em forma de serviços, que
podem ser gratuitos os pagos de acordo com a politica da empresa mantedora do
mesmo.
Nesta revolução da forma de comercialização, algumas empresas já se destacam
na oferta de seus serviços, empresas tais como: Goolge, Amazon, Microsoft e também
algumas empresas brasileiras (Datasul, Aprex), que podemos relacioná-las nesta nova
modalidade de prestação de serviços, através do conceito de computação em nuvem.
Embora o termo computação em nuvem, ainda seja desconhecido por alguns
usuários, estes já utilizam seus serviços, quando estão simplesmente enviando um
email. Com o avanço destas tecnologias, logo será possível usar quase todos os recursos
computacionais sem que os mesmo estejam instalados na maquina do usuário final.
HISTORIA
O conceito de disponibilizar serviços de software e hardware por uma
rede global não é novo. Já podemos encontrar raízes desse conceito na
década de 60, quando Joseph Carl Robnett Licklider, um dos responsáveis
pelo desenvolvimento da ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network), já havia introduzido a idéia de uma rede de computadores intergaláctica.
A sua visão era a de que todos deveriam estar conectados entre si,
acessando programas e dados de qualquer site e de qualquer lugar [MOHAMED 2009]. É válido ressaltar que grande parte das suas idéias forma o que hoje conhecemos como Internet.
Ainda na década de 60, John McCarthy, um famoso e importante
pesquisador da área da informática, propôs a idéia de que a computação
deveria ser organizada na forma de um serviço de utilidade pública, em
que uma agência de serviços o disponibilizaria e cobraria uma taxa para
seu uso [MOHAMED 2009].
Porém, um dos primeiros marcos para a computação nas nuvens só
apareceu em 1999, com o surgimento da Salesforce.com, a qual foi a
pioneira em disponibilizar aplicações empresariais através da Internet. A
partir de então, o termo “computação nas nuvens” passou a ganhar mais
espaço, e outras empresas também começaram a investir nessa área, como a
Amazon, a Google, a IBM e a Microsoft [MOHAMED 2009]. A seção de Pesquisa e Desenvolvimento apresenta mais informações referentes aos projetos dessas empresas.
Empresas como o Google e a IBM foram os primeiros a iniciar uma grande ofensiva nessa que especialistas chamam de nova fronteira da era digital, ou seja, a Nuvem Informativa (Information Cloud).
Aos poucos essa tecnologia vai deixando de ser utilizada em
laboratórios, passa a ingressar no universo corporativo e em breve em
computadores domésticos.
A Google saiu na frente nessa grande
tendência tecnológica, em 2002, softwares de edição de textos, planilhas
eletrônicas, correio eletrônico e agendas começaram a ser desenvolvidos
para que não fossem baixados .
Esses programas colocados na
nuvem computacional são grátis e capazes de ser acessados de qualquer
lugar, possivelmente livre de qualquer direito de propriedade.
Essa
é uma tendência que vem crescendo cada vez mais, essa utopia passa a
ganhar espaço no mundo tecnologico, mas ninguém pode afirmar ainda se
dará certo ou não. Guardar arquivos na web, utilizar programas virtuais
deixando de lado os computadores domésticos em si e reforçar a idéia que
tudo é de todos e ninguém é de ninguém não é uma coisa que seria bem
vista por todos.
RISCOS DO CLOUD COMPUTING
1) Menos proteção à privacidade sob os olhos da lei
Para obter as informações que você tiver armazenado nos servidores de
terceiros na web, nos EUA eles só precisam de uma citação, o que é bem
mais fácil de se conseguir. Este tipo de busca também pode ocorrer até
mesmo sem o seu conhecimento.
2)Frágeis sistemas de segurança são fáceis de invadir
O governo ter acesso aos seus dados armazenados na nuvem provavelmente é
uma preocupação muito menor do que um indivíduo qualquer ilegalmente
ter este acesso. Em aplicativos colaborativos na web que são feitos para
grupos as questões de segurança se relacionam com todos os envolvidos.
3) Travamento de dados e controle de terceiros
Quando você vive na nuvem, você está à mercê de uma empresa que pode
tomar decisões sobre os seus dados e plataforma de maneiras nunca vistas
antes na computação.
4) Indisponibilidade do servidor e congelamento de conta
Os servidores podem sair do ar, e quando você depende de um aplicativo
na web para acessar algum arquivo ou e-mail. Tecnologias offline como o
Google Gears, funcionalidades decentes de exportação e um bom sistema de
backup podem aliviar esta questão em particular, mas nem todos os
sistemas oferecem estes recursos.
TIPOLOGIA DO CLOUD COMPUTING?
Atualmente, a computação em nuvem é dividida em seis tipos:
- IaaS - Infrastructure as a Service ou
Infra-estrutura como Serviço: quando se utiliza uma porcentagem de um
servidor, geralmente com configuração que se adeque à sua necessidade.
- PaaS - Plataform as a Service ou Plataforma como
Serviço: utilizando-se apenas uma plataforma como um banco de dados, um
web-service, etc. (p.ex.: Windows Azure).
- DaaS - Development as a Service ou Desenvolvimento
como Serviço: as ferramentas de desenvolvimento tomam forma no cloud
computing como ferramentas compartilhadas, ferramentas de
desenvolvimento web-based e serviços baseados em mashup.
- SaaS - Software as a Service ou Software como
Serviço: uso de um software em regime de utilização web (p.ex.: Google
Docs, Microsoft SharePoint Online).
- CaaS - Communication as a Service ou Comunicação
como Serviço: uso de uma solução de Comunicação Unificada hospedada em
Data Center do provedor ou fabricante (p.ex.: Microsoft Lync).
- EaaS - Everything as a Service ou Tudo como
Serviço: quando se utiliza tudo, infraestrurura, plataformas, software,
suporte, enfim, o que envolve T.I.C. (Tecnologia da Informação e
Comunicação) como um Serviço.
UMA IDÉIA NÃO TÃO NOVA
Embora
a computação em nuvem seja um campo emergente da ciência da computação,
a idéia está por aí há anos. É chamada de computação em nuvem porque os
dados e as aplicações existem em uma nuvem de servidores web.
NO BRASIL
No Brasil, a tecnologia de computação em nuvem é muito recente, mas
está se tornando madura muito rapidamente. Empresas de médio, pequeno e
grande porte estão adotando a tecnologia gradativamente. O serviço
começou a ser oferecido comercialmente em 2008 e em 2012 está ocorrendo
uma grande adoção.
A empresa Katri[8]
foi a primeira a desenvolver a tecnologia no Brasil, em 2002,
batizando-a IUGU. Aplicada inicialmente no site de busca de pessoas
físicas e jurídicas Fonelista. Durante o período em que esteve no ar, de
2002 a 2008, os usuários do site puderam comprovar a grande diferença
de velocidade nas pesquisas proporcionada pelo processamento paralelo.
Em 2009, a tecnologia evoluiu muito,[carece de fontes]
e sistemas funcionais desenvolvidos no início da década já passam de
sua 3ª geração, incorporando funcionalidades e utilizando de tecnologias
como "índices invertidos" (inverted index).
A empresa Indústria Virtual lançou em 2009 a versão 2.0 do sistema WebCenter[9]
e está popularizando a utilização da computação em nuvem, trazendo
ferramentas que facilitam a utilização desses novos recursos, tanto por
empresas como por pessoas físicas.
No ambiente acadêmico o Laboratório de Redes e Gerência da UFSC
foi um dos pioneiros a desenvolver pesquisas em Computação em Nuvem
publicando artigos sobre segurança, IDS (Intrusion Detection Systems) e
SLA (Service Level Agreement) para computação em nuvem. Além de
implantar e gerenciar uma nuvem privada e computação em nuvem verde.